A Morte de Inês
Moledo, Lourinhã
Modelação em pedra da região
100 x 150 x 200 cm
2010
O perfume do amor, entre D. Pedro e D. Inês, ainda hoje se respira nas
ruínas do antigo palácio real de Moledo, desabitado desde o século XVI,
foi alvo de saque ao longo dos tempos, pelas populações vizinhas que não
deixaram "pedra sobre pedra". Hoje apenas é visível o local onde o mesmo se
erguia, agora transformado em terrenos de cultivo.
Segundo reza a lenda, existe uma banheira (junto ao paço da aldeia),
onde, possivelmente D. Inês de Castro se deliciava nos seus banhos.
Este trabalho consiste na construção de uma banheira sobre quatro pés.
Tratam-se de réplicas que, no Mosteiro de Alcobaça, sustentam o túmulo
de Inês de Castro (representativas dos quatro assassinos de Inês).
A impossibilidade de representar a vida sem a morte. O corpo enquanto ser
em metamorfose para a morte. Neste caso o leito é uma banheira em que o
corpo delicadamente se separa da vida, onde se materializa um afastamento
e se impõe uma distância.